1º Acidente nuclear de Chernobyl
O maior acidente nuclear da história ocorreu em Chernobyl, na Ucrânia, em 26 de abril de 1986. Uma falha no resfriamento causou a explosão do reator 4 da usina, que liberou índices radioativos maiores do que as bombas atômicas de Hiroshima e de Nagasaki juntas. A explosão ocorreu por causa de um teste aplicado pelos funcionários. Para verificar como o reator funcionava com baixa energia, os técnicos desligaram o sistema hidráulico de resfriamento interno. O objeto entrou em superaquecimento e não pôde mais ser mantido na temperatura ideal.
O governo soviético levou 30 horas para orientar a população a deixar a cidade, o que permitiu que centenas de pessoas fossem contaminadas. As estimativas variam quanto ao
número de mortes: de 15 mil a 80 mil vítimas. Para conter o vazamento, foi construído um sarcófago, que consiste em uma cápsula protetora de pedra e concreto. Os construtores da estrutura de contenção não sobreviveram à contaminação.
Ainda hoje, os níveis de radiação em Chernobyl são 10 vezes maiores que o suportado pelo organismo humano.
2ºVazamento de agrotóxicos em Bhopal
Um produto criado para ajudar o ser humano a combater as pragas da lavoura causou destruição na noite entre 2 e 3 de dezembro de 1984, em Bhopal, na Índia. Aproximadamente 40 t de gases letais vazaram da fábrica de agrotóxicos da Union Carbide Corporation, matando entre 3,5 mil e 7,5 mil pessoas. Segundo Modesto Guedes Ferreira Junior, professor do curso de Engenharia Ambiental da Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, a omissão da direção da fábrica foi fatal para os afetados. Suspeita-se que, no dia do acidente, a sirene que serve de alerta contra vazamentos estava desligada. "Ainda hoje, há protestos pela limpeza da área, pois o solo e a água têm altos níveis de metais pesados e produtos cancerígenos", diz.
Os gases afetaram os olhos, nariz e garganta dos indianos, causando queimaduras e morte por asfixia. Quem conseguiu sobreviver tem de conviver com problemas neurológicos como dores de cabeça, distúrbios do equilíbrio, depressão, fadiga e irritabilidade, além de danos
nos sistemas muscular, esquelético, respiratório, reprodutivo e imunológico. As vítimas ainda lutam na justiça contra a Daw Chemistry, que comprou a Union Caribe, por indenizações e tratamentos.
3º Césio 137 em Goiânia
Considerado o maior acidente radioativo do Brasil e o maior do mundo ocorrido fora de usinas nucleares, o episódio com o isótopo 137 matou pelo menos 11 pessoas, entre elas
uma menina de 6 anos, e deixou 600 contaminadas em Goiânia. Tudo aconteceu quando, em 13 de setembro de 1987, dois catadores de um ferro velho local encontraram um aparelho de radioterapia abandonado em um antigo hospital da cidade. Acreditando poder utilizar o chumbo do aparelho, a dupla vendeu o objeto encontrado para o dono do ferro velho, que o desmontou e encontrou em seu interior um pó esbranquiçado que emitia um brilho azul no escuro.
O pó se tratava, na verdade, de cloreto de césio-137, extremamente prejudicial ao organismo humano. Desconhecendo a origem do pó, mas com suas "propriedades mágicas", o dono do ferro velho descoberta a amigos e familiares, que imediatamente contaminados. Dias depois, descobriu-se a intoxicação, a partir dos sintomas apresentados: náusea, vômitos, tonturas e diarreia. As vítimas reclamam do descaso das autoridades no socorro e descontaminação do local bem como da falta de remédios.
4ºAcidente nuclear de Fukushima
Apesar de ter sido causada primordialmente pelo terremoto ocorrido em 11 de março de 2011, o vazamento na Central Nuclear de Fukushima I, no Japão, poderia ter sido evitado se as medidas de segurança estivessem em dia. "Terremotos vão acontecer sistematicamente, o que temos que fazer é cuidar mais a manutenção que uma indústria dessas requer", afirma Modesto Guedes Ferreira Junior, professor do curso de Engenharia Ambiental da Estácio de Sá, do Rio de Janeiro.
Após o sismo, três dos seis reatores da central nuclear, que estavam em funcionamento, foram fechados, e geradores de emergência ativados para manter funcionando as bombas de
água necessárias para resfriar o sistema da indústria. No entanto, uma onda de 14 m atingiu o local, inundando a empresa e desativando os geradores de emergência. Os reatores superaqueceram e explodiram, liberando para a atmosfera elementos radioativos tão perigosos como os de Chernobyl. Ainda não se tem a dimensão dos estragos.
Uma explosão na plataforma de petróleo Deepwater Horizon, arrendada pela empresa British Petroleum, no Golfo do México, é a responsável pelo maior derramamento de petróleo já acontecido nos Estados Unidos. Dois dias depois da explosão, ocorrida em 20 de abril de
2010, a plataforma afundou a aproximadamente 80 km da costa da Louisiana, sul dos Estados Unidos. O petróleo cru começou a vazar da tubulação rompida, formando uma
enorme mancha negra no litoral americano.
Além dos prejuízos naturais, como a dizimação da fauna marinha, consequências econômicas e políticas também puderam ser sentidas. O acidente afetou o turismo e a pesca na região, além de arranhar a imagem política do presidente Barack Obama. Além disso, segundo o professor Modesto Guedes Ferreira Junior, do curso de Engenharia Ambiental da Estácio de Sá, os acidentes com petróleo não podem ser considerados locais, pois as correntes marítimas espalham o produto por todas as praias do mundo.
6ºQueima de óleo no Golfo Pérsico
Nem todos os desastres foram tão acidentais assim. Em 1991, o ditador iraquiano Saddam Hussein (foto), após ser derrotado no Kwait e ser obrigado a se retirar do país invadido, ordenou a destruição dos poços de petróleo existentes no local. Mais de 1 milhão de litros de
óleo foram lançados no Golfo Pérsico ou queimados. A fumaça se espalhou pelo país e causou a morte de pelo menos 1 mil pessoas por problemas respiratórios. As expectativas mais otimistas afirmam que a mancha no mar chegou a atingir 1,5 mil km2 de superfície e matou aproximadamente 25 mil aves ao longo dos 600 km de costa atingidos.
Esse é, para o professor Francisco Djacyr Silva de Souza, autor do livro Preservação do ambiente: uma ação de cidadania, um dos exemplos de como o homem possui uma visão meramente utilitarista da natureza. "Sabemos que existem alternativas viáveis em relação à produção de riqueza, no entanto, a visão de produtividade, lucratividade e eficiência econômica acabam promovendo uma exposição do povo e dos animais aos perigos da forma errônea de ver os recursos naturais", afirma.
7ºDerramamentos dos navios Exxon Valdez e Prestige
Ocorridos em 1989 e 2002, os derramamentos tiveram consequências semelhantes. O navio petroleiro Exxon Valdez encalhou na Enseada do Príncipe Guilherme, na costa do Alasca, em 24 de março de 1989. Em decorrência do encalhe, estima-se que aproximadamente 257 mil barris do petróleo que transportava foram lançadas ao mar. Centenas de milhares de animais morreram nos meses seguintes. De acordo com as estimativas, foram 250 mil pássaros marinhos, 2,8 mil lontras marinhas, 250 águias e 22 orcas, além da perda de bilhões de ovos de salmão. Foi o segundo maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Na época, o navio pertencia à ExxonMobil.
Treze anos depois, em novembro de 2002, o petroleiro grego Prestige naufragou na costa da Espanha, despejando 11 milhões de litros de óleo no litoral da Galícia. A sujeira afetou 700 praias e matou mais de 20 mil aves. Em comparação com o Exxon Valdez, a quantidade de óleo derramado foi menor, e a biodegradação do produto foi facilitada pelas temperaturas mais altas.
8ºDrenagem dos pântanos mesopotâmicos e desertificação do mar de Aral.
Iniciada em 1950 e finalizada nos anos 1990, a drenagem dos pântanos mesopotâmicos no Iraque e no Irã destruiu grande parte da biodiversidade da região. No primeiro momento, a
ideia era secar as terras para aproveitá-las para a agricultura. No entanto, com a desculpa de que as áreas inundadas pelos rios Tigres e Eufrates serviam de esconderijo para os opositores do regime ditatorial de Saddam Hussein, o governante ordenou a retirada das águas do sistema.
A cadeia, que cobria inicialmente 20 mil quilômetros quadrados, foi reduzida a 10% até 2003, data da invasão americana. Dos três pântanos originalmente existentes, dois foram enxugados por completo e o terceiro está muito perto disso. Os árabes do pântano, que eram cerca de meio milhão de pessoas em 1950, hoje são cerca de 20 mil no Iraque, de
acordo com as Nações Unidas. Estima-se que de 80 mil a 120 mil de pessoas foram para campos de refugiados no Irã.
Um processo semelhante ocorreu no mar de Aral, lago de água salgada localizado na Ásia Central entre o Cazaquistão e o Uzbequistão. Anteriormente o quarto maior lago do mundo, o mar de Aral foi reduzido em 90% em nove décadas. A desertificação começou em 1920, quando o governo soviético quis se aproveitar dos rios que alimentavam os 1,1 mil quilômetros cúbicos de água para irrigar a agricultura. O projeto deu certo e o Uzbequistão
se tornou o terceiro maior exportador de algodão do mundo. No entanto, entre os anos de 1961 e 1970, o nível do mar era enxugado cerca de 20 cm por ano. Por isso, a concentração
de sal da água ficou cinco vezes mais alta e acabou com a economia pesqueira da região.
9ºDerrame tóxico de alumínio em Ajka
Em 4 de outubro de 2010, uma fábrica de alumínio em Ajka, na Hungria, teve um dos seus diques de contenção arrebentado e derramou cerca de um milhão de metros cúbicos de resíduos tóxicos pelas ruas das localidades
próximas.
O "barro vermelho" alcançou entre 1 m e 2 m
de altura, matando quatro pessoas, entre elas
uma criança, e deixando 123 feridos -além de milhares de carros e casas destruídas. Cerca de 400 moradores da região foram removidos por
causa do risco de queimaduras e irritação nos
olhos causada por chumbo e outros elementos corrosivos presentes no lodo. Foi considerado o acidente mais grave da história da Hungria.
10ºEutrofização da Lagoa de Araruama
Foi o que ocorreu a partir do final dos anos 1990 na Lagoa de Araruama, no norte do Estado do Rio de Janeiro.
No verão é comum as lagoas e lagos do mundo todo apresentarem alto grau de algas cianofíceas, deixando a água com um tom verde lindo. No entanto, atrás da beleza esconde-se um grande desequilíbrio ecológico, perigoso para o ecossistema.
"É um processo de eutrofização da água", afirma Modesto Guedes Ferreira Junior, professor do curso de Engenharia Ambiental da Estácio de Sá, do Rio de Janeiro. Segundo o especialista, esse processo, também encontrado em outros sistemas aquáticos pelo mundo, como o Mar Cáspio, é
agravado pela ação humana, mais intensa nos meses de calor.
organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente a alteração profunda do ecossistema. A consequência mais visível é a alta proliferação das algas nesses ambientes.
fontes:
ahtabom.com.br/os-10-maiores-desastres-ambientais/
hsw.uol.com.br › Ambiente › Desastres ambientais
noticias.terra.com.br/.../quais-os-maiores-desastres-ambientais-causados-pelo-homem
Etec Paula Souza São Jose do Rio Pardo
Luana de Cássia Pereira Baptistella Pantano
Tecnico de segurança do trabalho 14 de março de 2013
imcrivel
ResponderExcluir