domingo, 7 de abril de 2013

"TRATAMENTO DE LIXO" & "EUTROFIZAÇÃO"

Tecnicamente lixo é qualquer resíduo decorrente da atividade humana, cujo descarte pode ter tratamento ou não. Os resíduos podem ser gasosos, líquidos ou sólidos, mas somente os últimos estão abordados.

O lixo não tratado, simplesmente depositado nos “lixões”, tem um enorme potencial de contaminação do solo, da água e do ar, principalmente o de origem hospitalar ou industrial, e, por isso, estas instalações têm sofrido crescentes restrições e condicionantes para o licenciamento ambiental.
Atualmente, as modernas técnicas de tratamento do lixo em aterros sanitários amenizam os seus efeitos nocivos através de processos de incineração, desinfecção ou esterilização, enquanto o desenvolvimento de novas tecnologias busca a sua exploração rentável através da transformação da fração orgânica (adubos), da reciclagem industrial (materiais) ou do aproveitamento energético (biogases).
Quanto à natureza, os resíduos sólidos são divididos em dois grandes grupos, os biodegradáveis e os que não se decompõem biologicamente. Os não degradáveis ou considerados recicláveis têm a vantagem de afetar menos os processos de destinação sanitária, mas pelo seu efeito cumulativo causam transtornos no acondicionamento e reduzem vida útil nos aterros. A coleta seletiva do lixo doméstico, ao facilitar a reciclagem, reduz o seu acúmulo e poluição, além de agregar alguma renda ao processo.

Mas o lixo que sofre decomposição biológica apresenta maior potencial de aproveitamento porque é produzido em maior volume (principalmente os orgânicos do lixo doméstico) e, nas grandes cidades, já apresenta escala para o processamento industrial sustentável. Este processo tem como agentes bactérias e fungos que são microorganismos que se alimentam de plantas e animais em decomposição e ocorre em presença de oxigênio (aeróbio) ou não (anaeróbio). A decomposição biológica gera, entre outros subprodutos, um líquido negro e malcheiroso chamado “chorume”, poluidor do solo e das águas quando não tratado, e ainda com o agravante de transportar os metais pesados que, eventualmente, estejam presentes no lixo. No Brasil, o chorume, neutralizado parcialmente com tratamento prévio, sobrecarrega as estações de tratamento de esgoto onde costuma ser lançado.
Mesmo sem maiores considerações técnicas, a população em geral pode constatar que existem milhares de especialistas pesquisando, estudando e trabalhando para oferecer-lhe o melhor possível. Mas o equacionamento do problema depende mais do comportamento de todos do que da Engenharia Sanitária e Ambiental. As três ações para o controle do lixo (3Rs) que as organizações ambientais defendem mostram claramente o papel de cada um na questão do lixo: reduzir, reutilizar e reciclar.

Embora o termo lixo se aplique aos resíduos sólidos em geral, muito do que se considera lixo pode ser reutilizado ou reciclado, desde que os materiais sejam adequadamente tratados. Além de gerar emprego e renda, a reciclagem proporciona uma redução da demanda de matérias-primas e energia, contribuindo também para o aumento da vida útil dos aterros sanitários.

Certos resíduos, no entanto, não podem ser reciclados, a exemplo do lixo hospitalar ou nuclear.·.
Tipos de resíduos

● Resíduos orgânico: O chamado lixo orgânico tem origem
animal ou vegetal. Nessa categoria inclui-se grande parte do lixo doméstico, restos de alimentos, folhas, sementes, restos de carne e ossos, etc. Quando acumulado ou disposto inadequadamente, o lixo orgânico pode tornar-se altamente poluente do solo, das águas e do ar. A disposição inadequada desses resíduos cria um ambiente propício ao desenvolvimento de organismos patogênicos. O lixo orgânico pode, entretanto ser objeto de compostagem para a fabricação de adubos ou utilizado para a produção de combustíveis como biogás, que é rico em metano.
● Resíduo sólido urbano: inclui o resíduo doméstico assim como o resíduo produzido em instalações públicas (parques, por exemplo), em instalações comerciais, bem como restos de construções e demolições.
● Resíduo industrial: é gerado pela indústria, e pode ser altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde humana.
● Resíduo hospitalar: é a classificação dada aos resíduos perigosos produzidos dentro de hospitais, como seringas usadas, aventais, etc. Por conter agentes causadores de doenças, este tipo de lixo é separado do restante dos resíduos produzidos dentro de um hospital (restos de comida, etc.), e é geralmente incinerado. Porém, certos materiais hospitalares, como aventais que estiveram em contato com raios eletromagnéticos de alta energia como raios X, são categorizados de forma diferente (o mencionado avental, por exemplo, é considerado lixo nuclear), e recebem tratamento diferente.
● Resíduo nuclear: composto por produtos altamente radioativos, como restos de combustível nuclear, produtos hospitalares que tiveram contato com radioatividade (aventais, papéis, etc.), enfim, qualquer material que teve exposição prolongada à radioatividade ou que possui algum grau de radioatividade. Devido ao fato de que tais materiais continuam a emitir radioatividade por muito tempo, eles precisam ser totalmente confinados e isolados do resto do mundo.

● Resíduos de construção e demolição: abreviadamente conhecidos por RCD, são resíduos provenientes de obras civis - construção, reconstrução, ampliação, alteração, conservação e demolição ou derrocada de edificações, assim como o solo e lama de escavações.
● Resíduos portuários, aeroportuários e de outras áreas alfandegárias: Todos os resíduos provenientes de outros países podem ser classificados como perigosos, pois são possíveis agentes contaminantes e vetores de doenças endêmicas. Os resíduos considerados perigosos são incinerados com os mesmos cuidados utilizados na eliminação de lixo hospitalar.
Disposição final de resíduos sólidos

●  Aterros sanitários: Aterros sanitários são considerados como uma solução prática, relativamente barata de disposição final de resíduos urbanos e industriais - inclusive de resíduos que poderiam ser reciclados. Todavia demandam grandes áreas de terra, onde o lixo é depositado. Após o esgotamento do aterro, essas áreas podem ser descontaminadas e utilizadas para outras finalidades. Todavia, se o aterro não for adequadamente impermeabilizado e operado, constitui-se em fator de poluição ambiental e contaminação do solo, das águas subterrâneas e do ar. A poluição se deve ao processo de decomposição da matéria orgânica, que gera enormes quantidades de chorume (fluido que se infiltra para o solo e nos corpos de água) e biogás, composto de metano e outros componentes tóxicos.
A construção do aterro sanitário requer a instalação prévia de mantas impermeabilizantes, que impedem a infiltração do chorume no solo e no lençol freático. O líquido que fica retido no aterro, o chorume, é então conduzido até um sistema de tratamento de efluentes para posterior descarte em condições que não agridam o meio ambiente.
● Lixões: vazadouro ou descarga de resíduos a céu aberto é uma forma inadequada de disposição final de resíduos sólidos, que se caracteriza pela simples descarga do lixo sobre o solo, sem medidas de proteção ao meio ambiente ou à saúde pública.
No "lixão" não há nenhum controle quanto aos tipos de resíduos depositados. Resíduos domiciliares e comerciais de baixa periculosidade são depositados juntamente com os industriais e hospitalares, de alto poder poluidor. A presença de catadores, que geralmente residem no local, e de animais (inclusive a criação de porcos), os riscos de incêndios causados pelos gases gerados pela decomposição dos resíduos constituem riscos associados aos lixões.
●  Coprocessamento: é o sistema utilizado com o uso de resíduos industriais e/ou urbanos, no processo de fabricação do cimento, a fim de gerar energia e/ou recuperação de recursos e resultar na diminuição do uso de combustíveis fósseis e/ou substituição de matéria-prima.

● Incineradores: reduzem o lixo a cinzas. São altamente
poluidores, gerando dioxinas e gases de efeito estufa. É o método utilizado para a destruição de lixo hospitalar, que pode conter agentes causadores de doenças potencialmente fatais. No século passado até meados dos anos cinquenta era prática comum, o resíduo industrial e até a matéria orgânica serem eliminados com uso de grandes fornos por dissipação atmosférica das chaminés.
● Compostagem: É um tratamento aeróbico, através do qual a matéria orgânica é transformada em adubo ou composto orgânico.

● Biogasificação: A biogasificação ou metanização é um tratamento por decomposição anaeróbica que gera biogás, formado por cerca de 50% de metano e que pode ser utilizado como combustível.
O resíduo sólido da biogasificação pode ser tratado aerobicamente para formar composto orgânico.
● Confinamento permanente: O lixo altamente tóxico e duradouro, e que não pode ser destruído, como lixo nuclear, precisa ser tratado e confinado permanentemente, e mantido em locais de difícil acesso, tais como túneis escavados a quilômetros abaixo do solo.

● Reciclagem: é o processo de reaproveitamento de resíduos sólidos orgânicos e inorgânicos. É considerado o melhor método de destinação do lixo, em relação ao meio ambiente, uma vez que diminui a quantidade de resíduos enviados a aterros sanitários, e reduz a necessidade de extração de matéria-prima diretamente da natureza. Porém, muitos materiais não podem ser reciclados continuadamente (fibras, em especial). A reciclagem de certos materiais é viável, mas pouco praticada, pois muitas vezes não é comercialmente interessante. Alguns materiais, entretanto, em especial o chamado lixo tóxico e o lixo hospitalar, não podem ser reciclados, devendo ser eliminados ou confinados. Fraldas descartáveis são recicláveis. No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção.

Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil.
A seleção de lixo consistiria em separação de todos os diferentes tipos de material descartado, citando aqui os mais comuns:
- madeira (para fins de artesanato, fábricas de derivados de madeira, etc.);
- papel (matéria prima para celulose);
- plástico (matéria prima para indústria de plásticos);
- borracha/ pneu (para trituração e uso industrial);
- isopor; - metal (para siderúrgica);
- alumínio (para indústria);
- vidro (matéria prima para indústria de vidro);
- componentes eletro/eletrônicos (seleção e tratamento específico);
- material e entulhos provindos de construção civil;
- pilhas e baterias usadas (tratamento específico);
- óleo usado de cozinha (matéria prima para produzir biocombustível);
- toda matéria orgânica (adubo);
- lixo hospitalar (destinado à incineração).

Formas de tratamento de lixo

● Lixo Hospitalar: quando despejado e abandonado na natureza pode acarretar varias doenças incluindo infecções e contaminações. A coleta e o tratamento do lixo hospitalar é uma das maneiras mais adequadas para a eliminação desse tipo de lixo. A incineração é benéfica e auxilia para o desaparecimento sobrando somente cinzas. Entre os lixos considerados mais perigosos quando em contato com o homem são as seringas, agulhas, e outros materiais contaminados. A melhor solução para o lixo hospitalar, portanto é a incineração.

● Lixo Orgânico: O lixo orgânico é todo resíduo de origem animal ou vegetal que não são mais utilizados, esse tipo lixo é muito presente em casas e estabelecimentos de alimentação. Os lixos produzidos pela natureza também pode ser considerado orgânico, esses resíduos podem ser reutilizados para adubação de plantas formando um calcário que proporciona ao solo à neutralização da acidez e redução do manganês do ferro e do alumínio que são tóxicas as plantas quando em grande quantidade. O tratamento para esse tipo de lixo deve ser permanente e cuidadoso, pois pode causar mau cheiro, aparecimento de bactérias e fungos, surgimento de insetos e ratos transmissores de doenças.

● Lixo Industrial: Todas as indústrias sejam elas metalúrgicas, alimentícias, químicas produz grande quantidade de lixo e essa variedade de diferentes lixos podem ser inimigos da natureza contribuindo e muito para a poluição. Esses materiais e resíduos devem ser eliminados de forma não agressora requerendo um tratamento especial. A melhor forma de tratamento a se fazer é a conscientização das indústrias sobre o desleixo de vazamento de líquidos e outros resíduos agressores ao meio ambiente e aos homens. O controle e a fiscalização do lixo devem ser de responsabilidade da agencia ambiental de caca estado.
Se cada pessoa fizer a sua parte e tiver consciência e utilizar as mais variadas formas de tratamento já estará contribuindo para que o planeta fique mais saudável e consequentemente as pessoas também.


EUTROFIZAÇÃO


O termo vem do grego "eu", que significa bom, verdadeiro e "trophein", nutrir. Assim, eutrófico significa "bem nutrido".
Eutrofização, ou eutroficação, é o fenômeno causado pelo excesso de nutrientes (compostos químicos ricos em fósforo ou nitrogênio) numa massa de água, provocando um aumento excessivo de algas. Por sua vez, estimulam o desenvolvimento dos consumidores primários e eventualmente de outros elementos da teia alimentar nesse ecossistema. Este aumento da biomassa pode levar a uma diminuição do oxigênio dissolvido, provocando a morte e consequentemente decomposição de muitos organismos, diminuindo a qualidade da água e eventualmente a alteração profunda do ecossistema.  O excesso de nitratos lixiviados também promove a ocupação por plantas superiores onde estas geralmente não ocorriam e dessa forma também sufocando ambientes anteriormente equilibrados.

As principais fontes de eutrofização são as atividades humanas industriais, domésticas e agrícolas – por exemplo, os fertilizantes usados nas plantações podem escoar superficialmente ou dissolver-se e infiltrarem-se nas águas subterrâneas e serem arrastados até aos corpos de água mencionados. Ao aumento rápido de algas relacionado com a acumulação de nutrientes derivados do azoto (nitratos), do fósforo (fosfatos), do enxofre (sulfatos), mas também de potássio, cálcio e magnésio, dá-se o nome de "florescimento" ou "bloom" – dando uma coloração azul-esverdeada, vermelha ou acastanhada à água, consoante as espécies de algas favorecidas pela situação.
Estas substâncias são os principais nutrientes do fitoplâncton (as "algas" microscópicas que vivem na água), que se pode reproduzir em grandes quantidades, tornando a água esverdeada ou acastanhada. Quando estas algas começam a morrer, cria-se uma camada espessa que impossibilitam à entrada de luz na água e impedem a realização da fotossíntese pelos organismos presentes nas camadas mais profundas a sua decomposição, pode tornar aquela massa de água pobre em oxigênio, provocando a morte de algas, peixes e outros animais, a formação de gases tóxicos ou de cheiro desagradável a proliferação de bactérias decompositoras e o aumento do consumo de oxigênio por estes organismos. Além disso, algumas espécies de algas produzem toxinas que contaminam as
fontes de água potável. Em suma, muitos efeitos ecológicos podem surgir da eutrofização, mas os três principais impactos ecológicos são: perda de biodiversidade, alterações na composição das espécies (invasão de outras espécies) e efeitos tóxicos.
Depois das enchentes catastróficas, do assoreamento pleno e do rompimento do dique, a eutrofização é o maior desastre ambiental que pode ocorrer num lago ou reservatório. O enriquecimento com Nutrientes (P, N, C e outros) das águas conduz a uma proliferação exagerada da flora aquática, ao ponto de prejudicar a fauna, obstruir condutos e impedir a navegação.
  
O estado trófico de um manancial é um conceito híbrido. Refere-se ao estado nutricional (especialmente devido ao fósforo) de um lago ou reservatório, mas é sempre descrito em termos da atividade biológica que ocorre como resultado dos níveis nutricionais. Principais estados tróficos são os seguintes:

Oligotrófico: bordas escarpadas; águas claras; baixo enriquecimento com nutrientes; pouco desenvolvimento planctônico; baixa produtividade; poucas plantas aquáticas; areia ou rochas ao longo da maior parte da costa; peixes de água fria; e elevado teor de oxigênio dissolvido.
Mesotrófico: moderado enriquecimento com nutrientes; moderado crescimento planctônico; alguma acumulação de sedimentos na maior parte do fundo; e, em geral, suporta espécies de peixes de águas mais quentes.
Eutrófico: elevado enriquecimento de nutrientes; muito crescimento planctônico (alta produtividade); extensa área coberta com plantas aquáticas; muita acumulação de sedimentos no fundo; baixos níveis de oxigênio dissolvido no fundo; e contem apenas espécies de peixes de águas quentes.
Hipertrófico: enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do homem.
Nível de Eutrofização
Para investigar o nível de eutrofização da água considera-se os parâmetros: fósforo total, fosfato inorgânico e clorofila, com modificações para sistemas tropicais. Essa relação gerou um índice chamado de Índice de Estado Trófico - IET, mostrado na tabela abaixo:


ESTADO TRÓFICO
IET
Oligotrófico
< 44
Mesotrófico
44 - 54
Eutrófico
54 - 74
Hipereutrófico
>74




Na Espanha, cerca de 30% das albufeiras estão eutrofizadas e, em Portugal, as lagoas açorianas das Sete Cidades, das Furnas e do Fogo encontram-se também em adiantado estado de eutrofização.

sábado, 6 de abril de 2013

CHUVA ÁCIDA



 O lançamento de gases poluentes na atmosfera tem intensificado o fenômeno conhecido como chuva ácida. Entre os problemas gerados pela chuva ácida estão a destruição de florestas, a contaminação dos rios e a danificação de edifícios e monumentos.

A
 chuva ácida é um dos grandes problemas ambientais da atualidade. Esse fenômeno é muito comum nos centros urbanos e industrializados, onde ocorre a poluição atmosférica decorrente da liberação de óxidos de nitrogênio (NOx), dióxido de carbono (CO2) e do dióxido de enxofre (SO2), sobretudo pela queima do carvão mineral e de outros combustíveis de origem fóssil.
É importante ressaltar que a chuva contém um pequeno grau natural de acidez, no entanto, não gera danos à natureza. O problema é que o lançamento de gases poluentes na atmosfera por veículos automotores, indústrias, usinas termelétricas, entre outros, tem aumentado a acidez das chuvas.

A Formação...
O dióxido de carbono, o óxido de nitrogênio e o dióxido de enxofre reagem com as partículas de água presentes nas nuvens, sendo que o resultado desse processo é a formação do ácido nítrico (HNO3) e do ácido sulfúrico (H2SO4). Ao se precipitarem em forma de chuva, neve ou neblina, ocorre o fenômeno conhecido como chuva ácida, que, em virtude da ação das correntes atmosféricas, também pode ser desencadeada em locais distantes de onde os poluentes foram emitidos.
Consequências...
Entre os transtornos gerados pela chuva ácida está à destruição de lavouras e de florestas, modificação das propriedades do solo, alteração dos ecossistemas aquáticos, contaminação da água potável, danificação de edifícios, corrosão de veículos e monumentos históricos, etc. De acordo com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), cerca de 35% dos ecossistemas do continente europeu foram destruídos pelas chuvas ácidas. A maior ocorrência de chuvas ácidas até os anos 1990 era nos Estados Unidos da América (EUA). Contudo, esse fenômeno se intensificou nos países asiáticos, principalmente na China, que consome mais carvão mineral do que os EUA e os países europeus juntos.                                           
                                                                   Monumento danificado pela chuva acida

Os seres vivos são afetados não só pela acidez da água, mas também pela solubilização e mobilização de metais tóxicos. No homem, o organismo pode ter suas funções neurológicas comprometidas pelo acúmulo de metais pesados como chumbo, cobre, zinco, cádmio e mercúrio, dissolvidos dos solos e sedimentos, por causa do aumento da acidez das águas. Esses metais podem chegar ao homem através da cadeia alimentar, além de interferir na qualidade da água potável.
A chuva ácida também acelera a corrosão e desgaste de materiais empregados na construção civil. A pintura dos automóveis, o concreto e o vidro das edificações se deterioram rapidamente com a acidez da chuva.
 


No Brasil...
No Brasil, a chuva ácida é mais comum nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Algumas ações são necessárias para reduzir esse problema, tais como a redução no consumo de energia, sistema de tratamento, gases industriais, utilização de carvão com menor teor de enxofre e a popularização de fontes energéticas limpas: energia solar, eólica, biocombustíveis, entre outras.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Curiosidade...
A água de chuva já é naturalmente ácida devido ao gás carbônico atmosférico que se dissolve nas nuvens e na chuva para formar um ácido fraco, o ácido carbônico, o qual confere à chuva um pH de 5,6: 


Analise a tabela:
pH
Ser Vivo
Efeito
6,5 - 8,5
-----
Águas propícias à vida
6,0
Crustáceos, insetos e seres do plâncton.
Morte.
5,0
Musgos e peixes
Algumas espécies de musgos começam a proliferar e inicia-se o declínio de certas populações de peixes, menos tolerantes à acidez.
5,0
Bactérias
As funções de muitas bactérias são prejudicadas em ambientes ácidos, provocando uma diminuição na taxa de decomposição de matéria orgânica e um consequente aumento de detritos na água




terça-feira, 2 de abril de 2013

FONTES DE ENERGIA

 As hidráulica, fóssil, solar, nuclear, eólica, biomassa, geotérmica, gravitacional


Em nosso planeta encontramos diversos tipos de fontes de energia. Elas podem ser renováveis ou esgotáveis. Por exemplo, a energia solar e a eólica (obtida através dos ventos) fazem parte das fontes de energia inesgotáveis. Por outro lado, os combustiveis fosseis (derivados do petróleo e do carvão mineral) possuem uma quantidade limitada em nosso planeta, podendo acabar caso não haja um consumo racional.
                                                      Principais fontes de energia 



Energia hidráulica – é a mais utilizada no Brasil em função da grande quantidade de rios em nosso país. A agua possui um potencial energético e quando represada ele aumenta. Numa usina hidrelétrica existem turbinas que, na queda d`água, fazem funcionar um gerador elétrico, produzindo energia. Embora a implantação de uma usina provoque impactos ambientais, na fase de construção da represa, esta é uma fonte considerada limpa.

Energia fóssil – formada a milhões de anos a partir do acúmulo de materiais orgânicos no subsolo. A geração de energia a partir destas fontes costuma provocar poluição, e esta, contribui com o aumento do efeito estufa e aquecimento global. Isto ocorre principalmente nos casos dos derivados de petróleo (diesel e gasolina) e do carvão mineral. Já no caso do gás natural, o nível de poluentes é bem menor.
Energia solar – ainda pouco explorada no mundo, em função do custo elevado de implantação, é uma fonte limpa, ou seja, não gera poluição nem impactos ambientais. A radiação solar é captada e transformada para gerar calor ou eletricidade.

Energia de biomassa– é a energia gerada a partir da decomposição em curto prazo, de materiais orgânicos (esterco, restos de alimentos, resíduos agrícolas). O gás metano produzido é usado para gerar energia.

Energia eólica – gerada a partir do vento. Grandes hélices são instaladas em áreas
abertas, sendo que, os movimentos delas geram energia elétrica. È uma fonte limpa e inesgotável, porém, ainda pouco utilizada.
Energia nuclear – o urânio é um elemento químico que possui muita energia. Quando o núcleo é desintegrado, uma enorme quantidade de energia é liberada. As usinas nucleares aproveitam esta energia para gerar eletricidade. Embora não produza poluentes, a quantidade de lixo nuclear é um ponto negativo.Os acidentes em usinas nucleares, embora raros, representam um grande perigo.

Energia geotérmica – nas camadas profundas da crosta terrestre existe um alto nível de calor. Em algumas regiões, a temperatura pode superar 5.000°C. As usinas podem utilizar este calor para acionar turbinas elétricas e gerar energia. Ainda é pouco utilizada.

Energia gravitacional – gerada a partir do movimento das águas oceânicas nas marés. Possui um custo elevado de implantação e, por isso, é pouco utilizada. Especialistas em energia afirmam que, no futuro, esta, será uma das principais fontes de energia do planeta.

Alguns dados importantes sobre fontes de energia:

    • Cerca de 40% de CO(dióxido de carbono) produzido no mundo é resultante da geração de energia e calor. Isto ocorre, pois o carvão mineral ainda é a principal fonte utilizada. 
    • Atualmente, a China é o país que mais lança CO na atmosfera. Isto ocorre, pois o carvão mineral é muito utilizado na geração de energia. Porém, o governo chinês vem desenvolvendo, nos últimos anos, uma política de geração de energia limpa. Este fato faz da China o país que mais produz eletricidade a partir de fontes de energia limpa.
    • Um dado positivo é que, desde 2006, os investimentos globais em energias renováveis aumentaram mais de 500%.
    • A ONU (Organização das Nações Unidas) declarou 2012 o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos.

Oito mil metros cúbicos de madeira são apreendidos em Santarém, PA


 

Ibama apreendeu o correspondente a 320 caminhões cheios de madeira.
Cinco portos clandestinos de embarque de toras foram desativados.

Do G1 PA
Madeira foi apreendida ao longo dos rios Curuatinga e Curuá-Una, em Santarém. (Foto: Divulgação/ Ibama)Madeira foi apreendida ao longo dos rios Curuatinga e Curuá-Una, em Santarém. (Foto: Divulgação/ Ibama)
Mais de oito mil metros cúbicos de madeira ilegal, o que corresponde a 320 caminhões cheios de toras, foram apreendidos ao longo dos rios Curuatinga e Curuá-Una, a 170 km deSantarém, no oeste do Pará. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (27) pelo Ibama.
Na ação — uma das primeiras investidas do instituto desde o início da Operação Onda Verde no estado, em fevereiro —, dezenas de acampamentos de madeireiros também foram localizados e desmontados no interior da floresta. Quatro motosserras e dois geradores foram apreendidos, e cinco portos clandestinos de embarque de toras foram desativados.
Segundo o instituto, esta é a segunda vez em pouco mais de três meses que o Ibama interrompe atividade madeireira irregular nas margens do Curuatinga. Em novembro de 2012, os agentes apreenderam 915 toras, dois tratores e um caminhão na região.
Clareiras provocadas pela extração ilegal de madeiras são foram flagradas pelo Ibama. (Foto: Divulgação/ Ibama)Clareiras provocadas pela extração ilegal de
madeiras. (Foto: Divulgação/ Ibama)
"Estamos rastreando os destinos da madeira retirada do Curuatinga, os planos de manejo envolvidos nas fraudes que permitem que ela chegue ao mercado de Belém e vamos responsabilizar as empresas que financiam todo esse crime ambiental", explica o chefe da Fiscalização do Ibama em Santarém, o analista ambiental André Gustavo.
Desde o final do ano passado, agentes do Ibama monitoram de helicóptero o Curuatinga. Na última terça-feira (19), foram localizadas as novas áreas de estocagem repletas de toras. No mesmo momento que fiscais ocupavam a extração clandestina, destruíam os acampamentos e apreendiam o produto florestal irregular, dezenas de balsas vindas de Belém e dos municípios próximos à capital paraense subiam o rio vazias.
“Elas seguiam em direção aos portos clandestinos para carregar as toras", revela o analista ambiental Tiago Jara, que participou da ação. Como não havia flagrante, as balsas foram notificadas a deixar o local e não mais embarcar madeira no rio Curuatinga. “Não existem Planos de Manejo Florestais Sustentáveis aprovados nesta região, ou seja, qualquer madeira saída do Curuatinga é fruto de crime ambiental e será apreendida".
Operação apreendeu oito mil metros cúbicos de madeira ilegal. (Foto: Divulgação/ Ibama)Operação apreendeu oito mil metros cúbicos de madeira ilegal. (Foto: Divulgação/ Ibama)
Doação
Parte da madeira apreendida deverá ser doada de imediato à Defesa Civil do Pará, caso a entidade possa retirá-la da mata. O produto florestal que não sair da floresta, cujo acesso é difícil, permitindo sua doação a outras instituições sem fins lucrativos, será destruído pelo Ibama onde se encontra. "A medida é necessária para impedir que os infratores lucrem com o dano ao meio ambiente, porque as toras serão furtadas se ficarem sem vigilância", explica o chefe da Fiscalização.
Fiscalização
A Onda Verde atua em regiões líderes nos índices de desmatamento ilegal na Amazônia Legal. No Pará, três helicópteros e cerca de cem homens combatem a destruição ilegal da floresta amazônica em frentes montadas em Uruará, Anapu e Novo Progresso, no oeste do estado. A operação, que permanecerá todo o ano de 2013 em campo, conta com apoio do Batalhão de Polícia Ambiental do Pará, Ministério do Trabalho e Emprego e Força Nacional. Há mais quatro frentes de ação da Onda Verde, duas no Mato Grosso, uma no Amazonas e outra em Rondônia.